quarta-feira, 2 de março de 2022

Entre poemas e crises

  

Autorretrato





Nos reencontramos.

Tu me reconhece,

me estremece.

 

Falávamos sobre o passado.

(Tão presente na memória).

 

Somos dois mundos.

Acredito que dará certo.

Certo eu e você.

Dois diferentes

com lutas e dores.

 

Uma pausa pro seu baseado.

Uma pausa pro meu cigarro e mais cerveja.

 

Vamos fazer um love

em nosso universo particular?

 

Seu Lil Peep,

Meu Lil Nax

no volume máximo.

 

Seu baseado,

meus cigarros,

minhas cervejas com limão.

 

Com meus problemas

querendo me silenciar

em seu peito.

Seus beijos são calmaria.

Que que seja meu menino.

 

Você sempre nos corre.

Eu tentando desacelerar.

 

Lembrei daquele role aleatório.

Nossas mãos entrelaçadas.

Nós na calçada.

 

Grava áudio,

Pois gosto do seu tom de voz.

 

Acelero 160

pra combinar com seus 16.

Cabelos vermelhos.

Minhas unhas pretas.

 

Crise de ciúmes!

Inveja dos seus parças

que o tem em todos os momentos.

 

Distantes,

mas tu está aqui

gravado na memória.

 

Tomo Sertralina.

Você amassa e cheira.

(Quer uma cartela?).

 

Tá foda!

Saudade dói demais!


terça-feira, 21 de maio de 2019

Discos & Livros




Andando e olhando para o chão.
Suavemente seguro a respiração.
Há uma oração para não padecer.
Está me complicando, Coração.

Guiando o meu carro sem direção.
No rádio aquela canção que diz:
Estou te cuidando de longe.
Me perco na contramão.

Preciso segurar em suas mãos.
Só quero segurar em suas mãos.
Pés descalços queimando na areia.
Eu e você mais uma velha canção.

Agora estou olhando para chão,
cabisbaixo, sem rumo certo.
Sorrio em pensamento.
Você deve estar com os seus livros.
Eu com os meus discos riscados.
Você tão distraído
que nem vê o amor que há em mim.

Estive pra baixo.
Sem coragem de te enfrentar.
Preciso segurar a sua mão.
Abraço quente em noites enluaradas.

Você deve me achar patético
Escrevo poemas dos quais não lê.
Caminhando para me encontrar
e me perder em você. (Me prender).

Preciso das suas mãos.
Só quero sua mão.
Praticamente uma religião.
Sigo cuidando de longe.
(Até o dia que tu perceber
que sempre foi sobre você e eu).




Outubro




Lembre-se de mim
em dias de chuva,
ao amanhecer.
Nos dias sofridos
lembre-se dos nossos risos.
Das minhas mãos por seu corpo
e o quanto te deixo em paz.
Lembre-se que somos o amor.
Mesmo que digam o contrário
ou tentem nos afastar.
Lembre-se da primeira noite,
Do calor dos nossos corpos.
Um beijo e outro e um gole de cerveja.
Lembre-se que só nos amamos.
Foi sem escolher, o amor chegou
e nos enxergou.
Apresentando-nos um mundo paralelo.
Tardes de sol em cachoeiras.
Lembre-se que é sobre nós.
Nos importa o que somos.
Lembre-se, sempre, de mim
mesmo se esse amor chegar ao fim.
Não me mate dentro de ti.
Eternamente em minha mente
tudo o que vivemos até aqui.



Poeminha brega




Todos os poemas
são sobre você.
Todas as canções
são para você.
Toda essa ansiedade
ressume-se em você.

É, sempre, você.
Hoje e por toda vida.

Não há sentido
sem você.
Com você
tudo fica em paz.



Solarc



Mais uma vez é dia!
Tu se vais sem saber o que virá após nós.
Descomplicamos para estarmos a sós.
Nos complicamos quando interrogados (por familiares).

Só somos nós!
Com nossa fé,
com nosso amor.

Amigos dizem que poderemos padecer.
Que não há nada de destino.
Nós nos surpreendemos com tudo isso.
Seguimos nos amando noite a fora.

Estamos sós!
Nesse momento somos nós
com nosso amor, com nossa fé.

Fugiremos, nos abrigamos
em uma capela.
Nossa oração eterna: amor.
Que Deus nos perdoe,
mas nosso pecado é amarmo-nos.

Somos nós quando estamos sós
com nossa fé, com nosso amor.

Essa vida toda regrada.
Nos colocando dentro da caixa.
Querem impedir de seguirmos.
Ficamos em silêncio no abraço.

Você é a minha fé.
Nós somos o amor!

Mais uma noite.
Mais um dia.
Mais você e eu.

Seguiremos até o fim.
Seremos o nosso melhor segredo.
Amar é pecar?
Continuaremos pecando.
(Ninguém vai compreender
que nos amamos).




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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Novo poema


Então, tu retornas...
Tenho uma arritmia!
Penso em desfalecer.
Decido o contrário.
Permito-me viver.

Depois de tudo e todos estou vivo!
Uma nova versão do meu eu.
Acreditando no seu eu.
Com todas as lembranças e promessas.

Corra para meus abraços.
Você é bem-vindo aqui!

Eu sobrevivi!
Juntei os cacos
Com o que sobrou do passado
Me refiz.
Eu prometi que sobreviveria.

Há sol em nosso jardim.
Há riso em meus lábios.
Palavras de amor em seus lábios.
Tudo novo de novo!
Tornei-me adulto.
Você continua sendo o melhor.

Certas coisas continuam impregnadas.
O velho mau humor matutino.
Uma aguçada ironia.
Uns trilhões de crises de ciúmes.
Juras não mais secretas.
Uma certeza: - Eu te amo!
Eu te amo melhor do que há dez anos.

Agora tu vem
Com seus olhos sedutores,
Lábios querendo o meu eu.
Materializando-se fronte meu corpo nu.
Recorda-se do meu sexo.
Velha caligrafia em novo poema.
Tudo sem rima para não deixar de ser patético.



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

De você



Só mais uma chance
pra provar que te quero bem.
Sem você não dá pra seguir.
A caminhada é mais suave
quando se tem a quem amar!

Mais uma noite e você não veio.
A certeza que é o fim.
Sem lamúria ou mi mi mi.
Cada um seguindo seu rumo;
sem amor no banco de trás.

É, meu rapaz, tu teve atitude!
Desembaralhou nossa vida complicada.
Num gesto, simples assim,
nocaute pra mim.

Aparece pra matar a saudade
que invade a alma
desfalecendo meus sentidos.
Vem diminuir o desejo
no gosto do seu beijo grego.

Quando estou longe
perto quero estar.
Se... se aproxima... quero afastar.
Complicado demais pra eu ser o último romântico!

Esperar um telefonema
ou uma mensagem
de você lá fora a me esperar.

Até que um basta não é pra sempre.
Estamos cansados dessa putaria.
Quem sabe se nós nos casássemos?

Todas as noites a vagar.
Guiando sem rumo certo.
Mais um cigarro e uma parada em um bar.
Conversas jogadas fora
pra me salvar da solidão.

Só de pensar que te amei!
Da minha forma porra louca,
mas você não me entende.

Pudera compreender
alguém tão complicado de ser!

Pois é, meu rapaz,
tu me descomplicou.
Chegamos ao fim.
Eu sei que você será feliz.
Até nunca mais: - Tchau!

Vai lá ser feliz.
Vai lá encontrar alguém
Que faça o que eu nunca fiz.

Colo, carinho, abraço, atenção,
café da manhã, dormir de conchinha,
chegar sem hora de ir embora, televisão.

De você os versos
que insisto em compor
pra poder te esquecer.