terça-feira, 25 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
O Dragão e a bailarina
Reza
a lenda que São Jorge é aquele que está lá no céu, mais exatamente dentro da
lua, montado em um cavalo branco, vencendo um grande dragão. Em minha opinião
São Jorge é um santo da igreja católica que foi degolado por expressar sua fé
em uma época que se adoravam mais aos ídolos. Mas o centro dessa fábula não é
São Jorge, mas sim, o seu Dragão.
A
bailarina carrega consigo a responsabilidade de expressar emoções através de
seus movimentos e de seu corpo, ao se apresentar em uma coreografia. Geralmente
as bailarinas são pessoas disciplinadas, responsáveis, dedicadas, com uma
grande capacidade de concentração, agilidade, flexibilidade, elasticidade
corporal e garra.
Certo
dia, cansado do cativeiro, o Dragão fugiu sem que São Jorge percebesse. Lá foi
ele para uma terra distante e desconhecida. Saiu deslizando pelas nuvens até
avistar uma pequena cidadezinha, difícil de encontrar até no mapa. Foi naquela
cidade que o Dragão resolveu aterrissar.
Um
universo totalmente desconhecido para o Dragão que vivia trancafiado distante do
mundo. Surpreendeu-se com as máquinas que eram guiadas por pessoas, que ele
julgou E.T’s. Mesmo assim insistiu em continuar desbravando aquela terra
desconhecida.
Ah...
o Dragão não poderia imaginar o que iria acontecer.
Eis
que surge, naquela cidadezinha, uma linda bailarina. Que caminhava entre as
ruas com suas amigas, jogando conversa fora. Rindo o mais belo riso. Sem se
importar com todos a volta. Caminhavam suavemente. Olhavam para direções
incertas.
O
Dragão avistou a bailarina, que se destacava entre as três amigas. Para ele era
o ser mais lindo que até então tinha visto em toda sua existência. Sentiu-se
queimar, mas não conseguiu decifrar o que significava aquele ardor. Permaneceu
a vislumbrar a beleza da bela bailarina que andava pela rua, sem ao menos notar
sua presença.
A
bailarina sorria, cumprimentava alguns colegas, bebia refrigerante, conversava
com as amigas... Passado alguns longos minutos, a linda bailarina, adentrou em
um carro. Deixou o Dragão apaixonado para trás. Ela nem o notou. Não
desconfiou. Não percebeu sua presença.
O
Dragão procurava alguma palavra que pudesse definir o que era aquele turbilhão
de reações dentro de si. O pobre Dragão não conhecia a paixão, não sabia o que
era paixão. Coitado do Dragão que se apaixonou pela bailarina!
Logo,
alguém; um ser humano ingrato, sem saber que o Dragão se apaixonou, avisou São
Jorge. “- São Jorge, por um acaso, você liberou o Dragão para passear?
Encontrei ele, por favor, vem buscar!” Triste fim do Dragão que voltou para seu
habitat. Feliz bailarina que seguiu embora sem conhecer o Dragão.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Tardes de domingo
A gente poderia dar certo...
Gosto tanto do teu riso.
De quando você ri dos meus comentários infantis.
Você me diz: “paciência!”
E dá altas gargalhadas,
Pois sabe que paciência não combina comigo.
Disfarça e busca mais uma cerveja,
Enquanto ascendo mais um cigarro.
Mirando o teu caminhar...
A gente combina tão bem!
Que até brigamos pelo controle da televisão.
Ouço minhas canções
Enquanto você revela sobre novas descobertas.
Segredamos de comum acordo.
As tardes de domingo não são mais iguais.
Estou reinventando outra forma
De não sentir mais sua falta.
Você me olha como se desejasse
Saber algo mais que ainda não foi dito.
Me calo num silêncio infernal
Só pra olhar suas expressões
Querendo sempre mais de mim.
Um dia a gente dá certo.
Você saberá que a melhor coisa
Foi sermos amigos, em primeiro lugar.
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