Reza
a lenda que São Jorge é aquele que está lá no céu, mais exatamente dentro da
lua, montado em um cavalo branco, vencendo um grande dragão. Em minha opinião
São Jorge é um santo da igreja católica que foi degolado por expressar sua fé
em uma época que se adoravam mais aos ídolos. Mas o centro dessa fábula não é
São Jorge, mas sim, o seu Dragão.
A
bailarina carrega consigo a responsabilidade de expressar emoções através de
seus movimentos e de seu corpo, ao se apresentar em uma coreografia. Geralmente
as bailarinas são pessoas disciplinadas, responsáveis, dedicadas, com uma
grande capacidade de concentração, agilidade, flexibilidade, elasticidade
corporal e garra.
Certo
dia, cansado do cativeiro, o Dragão fugiu sem que São Jorge percebesse. Lá foi
ele para uma terra distante e desconhecida. Saiu deslizando pelas nuvens até
avistar uma pequena cidadezinha, difícil de encontrar até no mapa. Foi naquela
cidade que o Dragão resolveu aterrissar.
Um
universo totalmente desconhecido para o Dragão que vivia trancafiado distante do
mundo. Surpreendeu-se com as máquinas que eram guiadas por pessoas, que ele
julgou E.T’s. Mesmo assim insistiu em continuar desbravando aquela terra
desconhecida.
Ah...
o Dragão não poderia imaginar o que iria acontecer.
Eis
que surge, naquela cidadezinha, uma linda bailarina. Que caminhava entre as
ruas com suas amigas, jogando conversa fora. Rindo o mais belo riso. Sem se
importar com todos a volta. Caminhavam suavemente. Olhavam para direções
incertas.
O
Dragão avistou a bailarina, que se destacava entre as três amigas. Para ele era
o ser mais lindo que até então tinha visto em toda sua existência. Sentiu-se
queimar, mas não conseguiu decifrar o que significava aquele ardor. Permaneceu
a vislumbrar a beleza da bela bailarina que andava pela rua, sem ao menos notar
sua presença.
A
bailarina sorria, cumprimentava alguns colegas, bebia refrigerante, conversava
com as amigas... Passado alguns longos minutos, a linda bailarina, adentrou em
um carro. Deixou o Dragão apaixonado para trás. Ela nem o notou. Não
desconfiou. Não percebeu sua presença.
O
Dragão procurava alguma palavra que pudesse definir o que era aquele turbilhão
de reações dentro de si. O pobre Dragão não conhecia a paixão, não sabia o que
era paixão. Coitado do Dragão que se apaixonou pela bailarina!
Logo,
alguém; um ser humano ingrato, sem saber que o Dragão se apaixonou, avisou São
Jorge. “- São Jorge, por um acaso, você liberou o Dragão para passear?
Encontrei ele, por favor, vem buscar!” Triste fim do Dragão que voltou para seu
habitat. Feliz bailarina que seguiu embora sem conhecer o Dragão.
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