Por do
sol. Domingo qualquer de fevereiro. Apreciava o tom de laranja no horizonte. O
sol escondia-se atrás das montanhas. Indo amanhecer no Japão. Possuía tudo o
que queria e ao mesmo tempo nada.
Habitava
um medo de enganar-se, iludir-se, de falhar... de não acontecer como esperava.
Era um
desencantamento em pleno por do sol. Faltavam alguns dias para o carnaval. Seu
corpo esta lá. Seus olhos avistavam o tom de cinza invadir o céu que a pouco
era azulzinho. Sua mente viajava em flashesback
desemfreadamente. Ora no passado ora no agora ora em um futuro incerto.
Possuía
sonhos! Desejava outro rumo, outra vida, outro sentido. Não queria parecer, mas
ser.
Tamanha
dedicação consumia seus dias à procura da felicidade. Ou era feliz e não sabia?
Ah...
sim! Havia elogios – alimento do ego.
A vida
era somente aquilo: rotina.
O
espetáculo do por do sol findou-se. Ascendeu o último cigarro que acabou entre
os dedos sem nenhum trago. Não quis compreender, não buscou motivos. Virou-se
para si fronte ao espelho. Sorriu um riso amarelo. Faltou-lhe ar.
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