quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Não existe amor em Iepê




Por dois dias floresceu o Ypê
No meio da cidade
Próximo a um riacho
Beleza feita pra você
Não existe amor em Iepê


Nota do autor:
Vamos aos fatos: 
1. A árvore Ypê, anterior ao Pau-Brasil, representava o nosso país; 2. Iepê cidade do Oeste Paulista significa “lugar único”. Poeticamente: Liberdade; 3. Poeminha baseado na canção de Criolo “Não existe amor em SP”; 4. Fotografia assinada por Tiago Nascimento.






segunda-feira, 7 de novembro de 2016



DESCUBRA QUEM ERA PIRILAMPO neste vídeo-livro para crianças de todas as idades!




O Projeto Livro nas Nuvens pauta-se no conceito Educação para toda a vida e nos quatro pilares propostos pela UNESCO para a Educação no século XXI: Aprender a Aprender, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver, Aprender a Ser. Acreditamos que todo ser humano é único, importante e, no seu ritmo, capaz de desenvolver as suas potencialidades em busca de uma vida feliz e digna para si e para os outros, como na história vivida por Pirilampo. E, já que um assunto leva a outro, lembramos: ler, pensar e conversar basta começar! E, sem dúvida, começar na infância.





O jovenzinho



Nem todas as histórias têm inicio com “Era uma vez...” ou “Em um lugar muito, muito, muito distante...” Há histórias reais que se tornam verdadeiros contos de fadas bem próximo a nós.
Lá no alto da cidade existe uma escola. Foi ali que aconteceu. A história logo se alastrou por toda cidade e nas redes sociais tornou-se o assunto mais comentado.
O prédio da escola ocupa um quarteirão inteiro. Nela há o prédio principal (com dois andares). Na entrada, duas rampas laterais de acessibilidade, uma cozinha piloto com refeitório onde servem deliciosas refeições. Um pátio com palco para as apresentações (sempre às sextas-feiras). Uma quadra bem grande. No outro prédio salas de aula e de informática.
A hora do intervalo é, sem dúvida, um momento muito aguardado por todos os alunos. É a hora da merenda. Hora do lanche. Hora do suco. Comilança à parte, as brincadeiras com bola ou pique-esconde, pega-pega, elástico, menino pega menina ou vice versa torna os intervalos o momento mais “barulhento”.
A hora do recreio é aquela correria geral! Um falatório daqueles. Os funcionários sabem muito bem o prêmio deles por trabalharem ali. A dor nos ouvidos é a queixa mais comum entre eles. Ser funcionário naquela instituição tornava-os cada dia mais ocupados com os afazeres adultos.
Deve-se ter sensibilidade feminina para notar pequenos detalhes. Ou... ter a sabedoria de um pequeno jovenzinho.
Há nessa escola uma Monitora que procura compreender todos os alunos. Sempre atenta e trajava o uniforme cor de rosa, com os cabelos presos em um coque, olhar atento em 360º a sua volta. Nem alta. Nem baixa. Nem gorda. Nem magra. Essas qualificações cabem apenas aos adultos. Aos pequenos, pouco importa.
Durante um tumultuado intervalo seguido de chuva. Daqueles difíceis de acalmar os ânimos das crianças que só desejavam um banho de chuva. Chamou a atenção da Monitora um jovenzinho sentado no palco, com pernas cruzadas, mãos sobre os joelhos, dedos indicadores unidos aos polegares (formando um círculo), shorts vermelho, camiseta branca, tênis azul, cabelos levemente arrepiados.
No dia seguinte a mesma cena. Todos os dias o jovenzinho estava, durante o intervalo, sentado no meio do palco, na mesma posição.
Curiosa a Monitora aproximou-se do pequeno de seis anos. Sentou-se com ele.
- O que faz aí?
Então, o jovenzinho falou: - Estou procurando a paz!
A Monitora ficou perplexa com tamanha sabedoria infantil. Questionou-o: - Com todo esse barulho fica difícil meditar para encontrar a paz, você não acha?
O jovenzinho com paciência, que só os pequenos sabem administrar, respondeu:
- Os adultos vivem muito ocupados. Não sabem parar para contemplar o simples. Mesmo quando o simples está diante de seus olhos.
Depois de alguns segundos de silêncio a Monitora respondeu ao sábio jovenzinho: - É verdade! Os adultos não sabem mais parar para buscar a paz interior. Vivem ocupados demais. Demais.
A Monitora passou a conversar todos os dias com o jovenzinho. Com ele aprendeu a contemplar toda simplicidade de viver como uma criança.
Passado tempo o jovenzinho sentiu falta da atenciosa Monitora. Questionou um senhor alto e de cabelos azulados para obter notícias. O senhor respondeu: - Ela conseguiu um novo emprego.
O jovenzinho, cabisbaixo, caminhou até o centro do palco. Sentou-se, como de costume, para meditar, em meio ao tumultuado intervalo, e teve a certeza de que os adultos são ocupados demais para perder seu valioso tempo com os pequenos jovenzinhos.

*Crônica que integra a coletânea X CLIPP - Concurso Literário de Presidente Prudente Ruth Campos 2016

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Jogando


Vamos ao seu jogo.
Aperte o play, garoto!
É sempre você quem diz
que gosta do meu cheiro.
Do meu jeito de te agarrar.

Se for jogo, eu entro pra ganhar.
Já me perdi demais pra perder pra você.

Sem poemas ou canções.
Se olhe no espelho
e verá que já se foi o tempo de sermos amantes.

As regras são novas.
Tudo incalculável.
Não quero mais saber do seu sexo.
Tudo sem nexo.
Um porre de uísque e voltamos ao zero a zero.

Se for jogo, eu entro pra ganhar.
Já me perdi demais pra perder pra você.


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Se há...



Tudo em paz
até você chegar
para desorganizar
todas as ideias.

Sem querer
descobriu
os segredos
do meu coração.

Adentrou,
porta escancarada,
sem pedir licença.

Confronta minhas convicções.
Desmorona ideologias.
Vans crendices
do certo ou errado.

O que nos salvará
será o amor!
Se há amor?
O que levaremos
será o amor.
Só o amor nos salvará.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016




Não estranhe o meu jeito de ser.
Se eu gritar ou chorar,
sair batendo a porta...
É que sou cheio de ser insensível.
Você sabe que tento...
Vivo assim:
Cheio de erros querendo acertar.
Me aceita assim
com esse jeito torto de ser,
com essa estranha forma de amar.
Me deixa livremente louco
que sempre voltarei pra casa.
Não se assuste
sou eu querendo te amar.
Apenas estou sendo eu.