domingo, 25 de dezembro de 2011

Se não existisse amor

Se não existisse amor
o que seria de mim sem você?
Durmo e acordo pensando em você,
sem ao menos você saber
de tudo que há aqui dentro do meu ser.

Aguardo ansioso o momento de te ver.
Ao passar pela rua meu coração dispara
e você nem sabe o que há aqui dentro de mim.

Te amo em segredo.
Calado eu sofro por não conseguir dizer
que é você que eu desejo.

Te amo em silêncio.
Trancado no meu quarto eu sonho
com nós dois sempre a sós.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Super-heróis

Tenho algo pra dizer
Estamos acostumados
A nos espelharmos
Em nossos pais
Pais e filhos, filhos e pais
Sem saber o que fazer
Geração em geração

Queremos um dia perfeito
Queremos ser perfeitos
Queremos pais perfeitos
Super-heróis de histórias em quadrinhos.

Buscamos uma identidade
Qual a idade?
Se não forem eles que vão nos ensinar
Quem será?
Pobres seres humanos
Sujeitos a fracassar
Ai então nos decepcionamos
Quebramos a cara
E nos esquecemos:
Também somos seres humanos

Pobres seres humanos
Também fracassamos
Somos como nossos pais.

Queremos um dia perfeito
Queremos ser perfeitos
Queremos pais perfeitos
Super-heróis de historias em quadrinhos

Eles nos ensinam a amar ( a perdoar )
São nossos primeiros mestres
Mas nem sempre são os melhores
Esperamos pais perfeitos
Filhos se criam esperando pais perfeitos
Esquecemos que eles fracassam
Fracassarão, são seres humanos imperfeitos.

Pais e filhos, filhos e pais.
Queremos um dia perfeito
Queremos ser perfeitos
Queremos pais perfeitos
Super-heróis de historias em quadrinhos

Não são os pais que devem compreender
A nossa cabeça
Somos nos que temos que entende-los
Somos como nossos pais
Super-heróis de histórias em quadrinhos.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Todas as mulheres

Ah! As mulheres (todas elas).
Pintam as unhas e a boca de vermelho.
Todas elas (as mulheres)
Sonham com o príncipe encantado.

Encantados ficam os homens
Quando vêem as mulheres de salto-alto,
Tomara que caia, minissaia.

São todas as mulheres razão do meu viver.
Uma dessas mulheres me gerou,
As demais são amigas de coração.

Essas mulheres todas iguais!
São as mulheres rosa em meu jardim.

Ah! As mulheres (todas elas).
Todas elas (as mulheres).
Se maquiam...
Se pintam...
Se apaixonam...


Parabéns, dona Adélia!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"Talvez..."

Curtindo a vida


Aperte o play e ouça.
É só mais uma canção.
Não é simplesmente recordação.
A gente inventa a vida
E ela se reiventa.
Do jeito que a gente quer.
Vem pra cá curtir,
Vem pra cá dançar,
Vem viver a vida.
É só deixar pra trás
Nosso passado.
Seremos amigos
E vamos viver a vida.
Não desista e vá em frente.
Estou indo à luta também.
A vida é assim mesmo...
Vamos curtir a vida?
É só deixar pra trás
Tudo de bom que vivemos.
As mágoas já se foram!
Vamos curtindo a vida...
Sempre a sorrir!

NOTA DO AUTOR: Essa série de poemas que estou postando aqui, todas elas, fazem parte dos poemas que escrevi enquanto estive internado no Bezerra de Menezes, em Presidente Prudente/SP. O fato é que era complicadíssimo eu falar de ir viver a vida, de curtir, de dançar e etc e tal, já que eu estava trancado. Porém, as lembranças que eu havia levado junto comigo até o hospital, me deram forças pra continuar, pra compor poemas, pra dar início ao meu TCC. Hoje, quando leio cada um sinto que estou liberto de um passado cruel, doido, louco, duentil. Agora sim: Vamos curtir a vida?/ É só deixar pra trás/ Tudo de bom que vivemos./ As mágoas já se foram!/ Vamos curtindo a vida.../ Sempre a sorrir! 


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ESSES TEMPOS MODERNOS


Pobre de mim
Que não tiro fotos
Em frente do espelho.
Não faço pose,
Não faço bico.
Sou autêntico.
E isso me basta.
Com os meus olhos,
Meus lábios,
Meus 28 anos...
E as malditas rugas.
Não invento personagem
Não crio situações
Não, não
Vou estampar um sorriso
Pra te agradar.
Esses tempos modernos!!!
Aproxima uns
Faz ficar distante de outros.
Não é fato consumado,
Pois ainda não tenho respostas.
Não toco violão,
Não sou capa de revista,
Não assisto Jornal Nacional.
Leio bons livros.
Ouço música o tempo todo.
E me divirto com tudo isso.
Pobre de mim...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Injustificável



Sei que a tempo não nos vemos.
Foi pura opção parar a respiração.
Aguardo o momento do reencontro,
Pois os dias são longos e monótonos.
Nada tem seu jeito de ser,
Nada tem o seu toque.
Tão perto e tão distante de mim.
Fico aqui na expectativa
De um novo reencontro.
Sei, não foi fácil pra mim,
Para você foi mais complicado.
Deveríamos ter evitado o pior.
Mais veio a tempestade sem avisar.
Precisamos de uma forma de superar.
Vamos retornar a escala zero?
Fazer tudo novo de novo?
Seus olhos não saem do meu olhar.
Cada segundo que passa é como morrer.
Abri os olhos e não te vi por perto.
Foi medo de te perder.
Injustificável, sei que foi.
Assumo o meu erro!
Sugiro um novo recomeço.
Vamos esperar a tempestade passar.
E continuarmos a viver nosso romance.
Amar você é bom demais!
Por nada nesse mundo quero perder-te.
Palavras são poucas para expressar
Que estou arrependido e, que te amo demais.

NOTA DO AUTOR: Este poema foi escrito em 19/03/2010. Infelizmente, eu estava internado. O poema descreve muito bem como eu estava me sentindo naquele dia, transmite com exatidão tudo que estava acontecendo. Eu precisava escrever para tentar me libertar da dor que havia invadido o meu peito, pois estava cansado de tentar encontrar justificativas para algo que não tinha explicação. Hoje, sinto-me mais liberto, por estar reelendo o poema, por estar publicando, por me perdoar do passado...

+ 1 InPalavras!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bom Dia, Tristeza


 

Bom dia tristeza, que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando até meio triste
De estar tanto tempo longe de você
Se chegue tristeza
Se sente comigo
Aqui nesta mesa de bar
Beba do meu copo
Me dê o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar
Se chegue tristeza
Se sente comigo
Aqui nesta mesa de bar
Beba do meu copo
Me dê o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mariah e Khal

Para Silas Messias de Almeida



Kahl era um menino legal.
Apaixonado por Mariah.
Só queria uma vida normal.
Família, casa, trabalho e tal.

Kahl não controlava seus instintos.
É super explosivo. Se deu mal.

Mariah está grávida!
Já não sabe o que fazer.
Logo o bebê vem...
Kahl no hospital.

A vida é engraçada, às vezes!
Que destino surreal.
A torcida é pra que tudo
Termine muito bem!

Kahl tem planos pro futuro.
E, agora, Mariah nem quer saber.
A história não terá final
De contos de fadas. É uma pena!

Kahl vai se tratar e ficar bem.
Mariah vai ter neném.
A vida continuará para ambos.
E todos ficarão na torcida
Por dias melhores – sempre!


NOTA DO AUTOR: Este poema: Mariah e Kahl, foi composto em 21/03/2010. Após ouvir um pouco da história do Silas, que se tornou um grande amigo, naqueles dias tristes e frios em que passei no Hospital Bezerra de Menezes, em Presidente Prudente. Como eu havia começado a compor novos poemas, nesse período, e havia mostrado alguns pro Silas, ele pediu que eu escrevesse um em sua homenagem. Nem foi preciso, pois quando ele leu Mariah e Kahl, ele disse: dedica este pra mim, pois me encontrei! Então, este poema é dedicado para o amigo Silas Messias de Almeida. Para ser mais franco, estou com saudades das nossas conversas, pois depois que eu sai do hospital nunca mais o vi. 


O Caçador de Pipas

Já li o livro. Vi o filme. Li o livro e vi o filme de novo.
Simplesmente maravilhoso.
É um grande exemplo de prova de amizade, sobre pré-conceito, lealdade, fidelidade, honra, graditão e perdão.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sobre escrever e outras coisas

Vamos aos fatos.

Escrevo desde há muito tempo, pois, em minha memória, devo ter escrito os primeiros poemas a partir dos 14 anos. O fato é que se até hoje não aprendi a escrever, não foi por falta de prática. Tenho praticado esse lance da escrita. Sou apaixonado por isso. Costumo dizer que escrevo para entender o que quero dizer, sendo assim, entendo o que posso fazer. Escrevo por necessidade de ver as coisas como elas são. Sempre gostei de ler e escrever muito. Não consegui, até agora, ficar rico com isso, mas deixei de ser pobre de espírito rapidinho.

Por falar em ser apaixonado pelo o que se faz. Eu só escrevo sobre o que estou pessoalmente interessado, caso contrário, o texto perderá sua leveza e tornará o meu trabalho árduo. E não deve ser assim, tem que ser prazeroso.

Faço o que gosto. Gosto de escrever, de fotografar, de pintar, de desenhar, de ler – bons livros, de ouvir música. Quanto à música o meu ouvido é refinado e exigente. Encantam-me as vozes de Maysa, Elis Regina, Cássia Eller, Maria Rita, Chico Buarque, Seu Jorge, Guilherme (do Rosa de Saron) entre tantos outros/as interpretes da nossa música popular brasileira.

Nos últimos dias tenho me dedicado a reler todos os meus poemas e catalogá-los. Além de ter me aventurado em uma nova experiência maravilhosa que tem me arrebatado: InPalavras! (escrevo InPalavras! com o ponto de exclamação, pois acho chique essa estética, já a Nê Sant’Anna, criadora desse novo conceito de fazer arte, escreve InPalavras).

Não me recordo exatamente quando foi, mas lembro-me da Nê vindo até mim totalmente empolgada com a nova ideia. Mostrou-me um desenho com algumas frases e números, aquele era o seu primeiro InPalavras! Achei interessante, porém ainda não tinha compreendido como fazer. Tratou-a de me explicar: “O conceito é simples: inpalavras são instalações artísticas (inconscientes ou não). É obrigatório ter no mínimo uma palavra pra ser InPalavra – in com ‘n’ mesmo, pois é de ‘instalação”, explicou-me.

Gostei da ideia e me aventurei.

É simples, basta uma folha de papel, alguns objetos e um lápis mais uma palavra, frase, trecho de música ou livro para criar um InPalavras!. Quem deseja se aventurar com essa técnica não precisa saber desenhar ou compor maravilhosos versos. Longe disso, a ideia é soltar a imaginação, passar pro papel ou qualquer outro suporte como, por exemplo, tela, fotografia, vídeo etc, por mais abstrato que sejam, os traços que formam uma emoção ou pensamento. O mais importante é se libertar dos sentimentos que estão guardados a sete chaves no inconsciente ou não.

Eis um InPalavras!:


Se não fosse você

Você foi o meu melhor amigo.
Obrigado por isto!
Você sempre esteve lá
Pra me amar,
Quando eu me sentia sozinho
Ou não tinha forças pra me amar.
E, eu te agradeço!

Você vasculhou minha alma
E me mostrou o que há de melhor em mim.
Obrigado por me amar,
Por acreditar em mim.

E toda vez que a tristeza invade a alma
Lembro-me de seus conselhos
Para eu seguir em frente.
Não importa o quão triste estou
Você ainda me faz sorrir com suas lembranças.
Eu rezo por você todas as noites.

E se não fosse por você
E não tivesse te conhecido,
E se não fosse meu melhor amigo
Eu não seria quem hoje eu sou



[para Julio César Vieira, 01.12.2011, às 12h42min.]

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Analise

As canções que eu não cantei pra você
Analisado por Adernil de Souza*

No poema As canções que eu não cantei para você”, Tiago Nascimento revela ser eclético – ou ter noção – em termo de estilos musicais, ao fazer referências de Cartola a Cazuza, que de acordo com o seu tempo, cantaram a dor de cotovelo e a rebeldia, mas que continuam super atuais, por isso, clássicos.
“Queixo-me às rosas/ Mas que bobagem/ As rosas não falam/ Simplesmente as rosas exalam/ O perfume que roubam de ti, ai/”. Quer sofrimento mais explícito que este trecho na letra de “As rosas não falam”, de Cartola?. Ou em “Codinome beija-flor”, de Cazuza? “Pra que mentir/ Fingir que perdoou/ Tentar ficar amigos sem rancor/ A emoção acabou/ Que coincidência é o amor/ A nossa música nunca mais tocou...”.
Nota-se, também, uma certa inclinação para as emoções contidas, as relações conflituosas, quando cita Maysa e Dalva & Herivelto Martins. Nesse mesmo parâmetro estão Elis e Cássia Eller, dois ícones da MPB – cuja profundidade da alma – ou de suas vivências – era extravasada por meio de suas interpretações, e comportamentos...
Fala de Ana Carolina, que no mesmo ângulo, porém em nível mais sofisticado, diz: “Qualquer distância entre nós/ Virou um abismo sem fim/ Quando estranhei sua voz/ Eu te procurei em mim/ Ninguém vai resolver/ Probelmas de nós dois...
Daí dá um salto para o samba de Alcione, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Martinho da Vila, como num ápice de comemoração da alegria, e da conquista ou da esperança, do deixar rolar... Pelo menos, eu enxergo o samba – mais contemporâneo – assim, quando, por exemplo, Alcione propaga: “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar, o mundo foi feito de samba, de samba pra gente sambar”. Veja trecho da letra de Zeca Pagodinho: “Eu já passei por quase tudo nessa vida/ Em matéria de guarida/ Espero ainda a minha vez/ Confesso que sou de origem pobre/ Mas meu coração é nobre/ Foi assim que Deus me fez.../ E deixa a vida me levar [Vida leva eu...].
Cita Fábio Júnior, que abarca todas as demais expressões por meio do romantismo, só que mais ameno, mais água com açúcar, porém, sem perder a beleza...
Para finalizar, dá um passeio por suas próprias raízes, ao se referir aos cantores sertanejos como Mato Grosso & Mathias, bem como cita Marco Brasil, que reflete a cultura do povo interiorano, manifestada nas festas de peão e do boiadeiro. E conclui fazendo referências as representantes da música católica e gospel – Ziza Fernandes e Aline Barros – como se fosse uma condensação espiritual, do que o poeta carrega, e se apega em seus momentos mais densos, e tensos...
Adernil de Souza, é jornalista











 
As canções que eu não cantei pra você
TIAGO NASCIMENTO


Ouvi Cartola falar de amor.
Ouvi Maysa cantar suas desilusões.
Ouvi Renato Russo bradar por um país melhor.
Ouvi Dalva e Herivelto cantar certo amor.

Ouvi o exagerado Cazuza.
Apaixonei-me pela Elis Regina.
Fiz o samba meu com Maria Rita.
Cantei melodias de Ana Carolina.
Gritei junto a Cássia Eller.
Sambei com Alcione, Zeca Pagodinho,
Jorge Aragão e Martinho da Vila.

Apaixono-me pelas canções do Fabio Jr.
E Mato Grosso & Mathias.
Aprendo ao som da viola de João Carreiro & Capataz,
Mayck & Lyan e Chico Rey & Paraná.
Choro os versos declamados por Marco Brasil.

Minha alma eleva-se com Aline Barros.
Choro as dores do silêncio com Rosa de Saron.
Aquieto-me ao ouvir Ziza Fernandes.
Compreendo coisas que vivi com Adriana Arydes.

Ainda estão guardadas
As canções que fiz para você.
Aquelas canções
Que eu ainda não cantei para você.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

InPalavras: um novo conceito em fazer arte

Uma folha de papel, objetos e um lápis mais uma palavra, frase, trecho de música ou livro juntos podem tornar-se um InPalavra. A pessoa que se aventura com um InPalavra não precisa saber desenhar ou compor maravilhosos versos. Longe disso, a ideia é soltar a imaginação, passar para o papel ou qualquer outro suporte como, por exemplo, tela, fotografia, vídeo etc por mais abstrato que sejam, os traços que formam uma emoção ou pensamento. “O importante é se libertar dos sentimentos que estão ‘guardados’ a sete chaves no inconsciente ou não”, comenta o poeta Tiago Nascimento.
O conceito é simples: InPalavras são instalações artísticas (inconscientes ou não) com palavras. “É necessário existir no mínimo uma palavra para ser InPalavra – In com ‘n’ mesmo, pois é de ‘instalação”, explica a poeta Nê Sant’Anna.
A mostra InPalavras! é parte integrante da exposição “Cheiros e Cores do Brasil”, que está sendo exibida no Museu de Arqueologia de Iepê (MAI). Segundo o coordenador do MAI, Paulo Fernando Zaganin Rosa, o objetivo da exposição é promover a sensibilização, o contato e a reflexão com as artes visuais e a poesia.

Serviço:
Exposição InPalavras!
Local: Museu de Arqueologia de Iepê (MAI)
Horário: segunda a sexta-feira, das 9h às 11h, e das 13 às 16h
Endereço: Rua Minas Gerais, 458, Centro.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O tempo



"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará."

Mário Quintana

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Por falar em equívoco!...


Estou em dívida com o meu ser, pois faz um bom tempo que não escrevo. Que não escrevo nada, nem receita e nem um bilhetinho pra alguém ou para poder exercitar a arte da escrita.
Imaginei.
Imaginei muitas coisas que poderiam ser ditas e nunca foram, pensei que deveria ter me calado algumas vezes. Escrevi na memória poemas secretos que vieram do fundo da alma. E, novamente, me imaginei.
O fato é que eu sou um ser errante. O erro me persegue. Não sei o que ele tem contra a minha pessoa, pois ele insiste em me perseguir. Até tento realizar as tarefas e etc e tal nos conformes, tudo correto, tudo certinho, tudo milimetricamente pensado. Aí quando penso que está tudo nos conformes, lá estou eu pisando fundo no acelerador do erro. Erro de novo.
Acredito ser o melhor do melhor do mundo em cometer equívocos! (Não deveria ser assim).
Existem coisas que fazemos que por mais que nos ajoelhamos e pedimos mil perdões, não tem como voltar atrás e não cometer aquele deslize.
Tenho um imã que me atrai ao erro. Sou um ser errante. Talvez eu não soubesse viver de outra forma. Ficaria perdido. Eu preciso errar e isso é um fato consumado. De forma alguma estou aqui justificando as minhas falhas, não mesmo. O que já foi feito não tem como voltar atrás e concertar. Só nos resta receber um misericordioso perdão.
Sempre estou lutando para seguir as regras/as leis para que tudo não saia dos conformes... De repente... Mais um erro, uma falha, um equivoco, uma falta, uma culpa, um desvario, um engano, uma incorreção... um pecado.
Estou certo de um dia ser perdoado por todas as minhas falhas. Que as pessoas me perdoem pelos meus erros – que até poderiam comprometê-las.
Já estou perdido em meus pensamentos.  Minha cabeça está parecendo uma bateria de escola de samba de tanta batucada que está dando. Meus dedos não querem mais me obedecer e acertar cada tecla do teclado do computador. Preciso parar. Preciso aprender a ficar só (assim ninguém sai ferido). Necessito aprender a acertar em cada passo...
Perdoem-me!
Não estou me justificando e muito menos desabafando. Sou realista e, no momento, a realidade é que sou um ser errante. 

As canções que eu não cantei pra você

Ouvi Cartola falar de amor.
Ouvi Maysa cantar suas desilusões.
Ouvi Renato Russo bradar por um país melhor.
Ouvi Dalva e Herivelto cantar certo amor.

Ouvi o exagerado Cazuza.
Apaixonei-me pela Elis Regina.
Fiz o samba meu com Maria Rita.
Cantei melodias de Ana Carolina.
Gritei junto a Cássia Eller.
Sambei com Alcione, Zeca Pagodinho,
Jorge Aragão e Martinho da Vila.

Apaixono-me pelas canções do Fabio Jr.
E Mato Grosso & Mathias.
Aprendo ao som da viola de João Carreiro & Capataz,
Mayck & Lyan e Chico Rey & Paraná.
Choro os versos declamados por Marco Brasil.

Minha alma eleva-se com Aline Barros.
Choro as dores do silêncio com Rosa de Saron.
Aquieto-me ao ouvir Ziza Fernandes.
Compreendo coisas que vivi com Adriana Arydes.

Ainda estão guardadas
As canções que fiz para você.
Aquelas canções
Que eu ainda não cantei para você.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ganhei na loteria!*


Não, não!
Por favor, não
Venha com essa história
De que agora se importa comigo.
Que sempre quis estar do meu lado,
Que foram os seus pais
Que nos separaram.
Que nossa vida era um mar de rosas.

Impossível de acreditar
Em suas meias palavras
Soltas em sua boa entreaberta.
Até desejei por um segundo acreditar.
Ah, baby!
Ouvi dizer por aí
Que você quer voltar
E, que se importa comigo.
Que o seu desejo
Sempre foi desejar os meus desejos.

Não, não!
Não chegue de mansinho
Querendo me surpreender.
Os dias e noites já foram nossos.
Hoje as estrelas não brilham mais pra você.

Ah, baby!
Você está sendo infantil,
Mil desculpas, por ser sincero.
Não há nada pra nós.

Não, não venha
Com essa história
De que agora aceita casar...
Não, eu não acredito
Em suas meias palavras.

[Tudo isso
Só porque eu ganhei na loteria?]

*Poema de Tiago Nascimento