segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

[Des]resoluções


É engraçado quando chega o final de ano e vejo um montão de gente fazendo suas “resoluções”. Bem, como eu nunca cumpro as minhas, revolvi, então, fazer minha lista de desresoluções. Assim fica mais fácil pra mim.
“Não irei fazer mais regime; afinal de contas, todos engordam de uma forma ou outra.”
“Deixar de achar que sou imortal, afinal, um dia irei envelhecer e morrer.”
“Parar de regular e controlar o salário que tenho. E seja o que Deus quiser!”
“Assumir que só faço as coisas erradas e que ‘pau que nasce torto nunca se endireita.”
“Desistir de escrever um livro.”
“Pra quê se preocupar em chegar no horário no trabalho, quase todo mundo chega atrasados. Somos brasileiros e não britânicos.”
“Ficar todo dia de pernas pro ar, nem que seja uns 15 minutos, afinal, não fazer nada é tão bom.”
“Parar de frequentar danceteria, só gasto sola de sapatos com isso.”
“Parar de ‘viajar’, não conheço muita gente fora da minha cidade mesmo.”
“Levar as coisas mais a sério, mesmo as brincadeiras.”
“Parar de me preocupar com o futuro. Pra quê esquentar a cabeça? Com isso só irei ganhar umas rugas e fios de cabelos brancos.”
“Não vou mais tentar comer jiló. Oh, troço ruim!”
“Não irei me preocupar com as contas a serem pagas e com problemas. Todo mundo tem problemas!”
“Assumir que sou o maior mala e parar de tentar fazer amigos.”
“Parar de tentar parar de fumar.”
“Parar de ser mais um engraçadinho.”
Fui... -> -> ->

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Ad nauseam


Vejo corações coloridos na parede.
Sinto no gosto do beijo um adeus.
Há uma ausência sua.
Tenho que deixar-te.
 
Esperando um pouco mais de você.
Buscando um pouco mais de mim.
Já não sei o que dizer
Quando todas as palavras já foram ditas
E o dicionário não explica
A dor da saudade.
 
Pelo retrovisor vejo
Tudo o que vivemos.
 
Na dúvida recordo momentos
Sem nenhum ressentimento.
Não estaremos no Haras Bar,
Como de costume, as sextas-feiras.
 
Quem disse que eu seria
O cara certo pra você?
Tenho que ir agora.
 
Antes de você eu já era feliz.
Continuarei feliz – mesmo sem você.
 
No baú do esquecimento
Não carrego bagagens antigas.
Deixo-as para trás.
Sigo rumo ao futuro.
 
Sempre haverá dúvidas
Em você.
Sempre existirão questionamentos
No meu eu.
 
Talvez,
Nunca saberemos responder por quê?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sobre separação

Se pela manhã houver
Um silêncio em meus lábios,
Seus ouvidos escutarão meu coração.
Em minha mente confusão,
Em seus olhos lágrimas.
Um simples gesto simplifica tudo!
No rádio mais uma canção,
No guarda-roupa um espaço que fica.
Suas mãos trêmulas.
O táxi a me esperar.
Seu telefone toca.
Sigo rumo ao portão.
 
É por amor que te deixo livre.
É por não saber amar
Que me deixa partir.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O número um


Quero um romance de gestos simples.
A cumplicidade será parceira da lealdade.
Será bem simples... uma atração mutua.
Mesmo em meio a confusão saberei esperar.
É tanta gente querendo amor.
É gente querendo amar.
É gente com falta de amor.
É gente que não sabe como amar.

Apesar dos inúmeros defeitos
Você será o número um
Por toda a minha vida.
Eu serei o número um!

Não me faltará coragem para assumir...
Faremos planos futuros longínquos.
Você saberá usar as palavras certas
Nos momentos certos. Isso é bom!
Seremos diferentes.
Compartilharemos o mesmo sonho.
Sou eu quem te ligará no dia seguinte.
Serei o seu príncipe encantado.

Eu saberei te amar.
Você procurará o amor.
Eu descubro o amor.
Você encontra em mim amor, meu amor!
[13.12.2012 – 18h53min]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Então, canta Cássia

Eu vim foi de Brasília,
do Distrito Federal.
Solto a minha voz ao som do violão
e ponto, tá pronto.
Sou Eller,
sou do Chicão,
sempre fui da Eugênia.
Sou mais uma garotinha em meio à multidão.
Esse cartaz de mulherenga até combina com meu cabelo moicano.
Estou sempre na companhia de um bom copo de cerveja,
 bebo e ponto.
Tô tímida, nem quero conversar,
só irei ouvir você cantar;
Pego meu gravador e retorno a minha casa,
meu doce lar.
Tô de saco cheio,
só quero é cantar mais uma canção.
Solto minha voz;
 to no palco, esse é o meu lugar.
Então eu canto e encanto.
Sou Eller. Sou Cássia Eller.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Poema do amor solitário

 
Meus olhos procuram os seus.
Seus braços fugiram dos meus abraços.
Lábios que não se beijam...
Coração apertado.
 
Mesmo do seu lado
Estou tão só quando a noite chega.
 
Te ligo. Espero um sinal seu.
Vivo momentos de angústia.
Querendo um toque seu.
 
É tão estranho me sentir tão só
Mesmo com você do meu lado.
 
A gente precisa reinventar
Essa forma louca de amar.
Precisamos nos encontrar
Pra não vivermos dias de luto.
 
É tão simples,
Mas você complica.
Não entende
Que suplico.
Só um carinho seu.
...Adeus.