quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

De lá pra cá


1983 de lá pra cá 33.
Em segundo o reflexo
em seus olhos azuis
trás à memória tudo enrolado
igual meus cabelos castanhos.

De tudo seu há um pouco em mim!

De lá pra cá,
só sei que hoje sou eu
por que tu me fizeste assim:
igualzinho a você.

Minha insanidade descontrolada
encontra sua normalidade estacionada
em uma cadeira de área.

Por vezes me perdi
querendo encontrar alguém
com a minha genética.
Só agora percebi
que não me falta nada,
pois tenho você:
aqui ao meu lado.

No silêncio da televisão
eu sei que...
Ouvindo uma oração
eu sei que...
No prato de arroz com feijão
eu sei que: - Te amo! (calado).

Espero que um dia me entenda.
Me perdoe por noites mal dormidas.
Das dores que causei
por não saber dizer que te amo.

No radinho vai tocar uma canção.
Fico ouvindo sua respiração,
no silêncio do quarto.
Há brasa no cigarro pro espanto da solidão.

Ai de mim se não fosse tu!
Com sua clareza
és defensora do meu eu.

Faço versos simples
sem rimar por que a vida segue
desenfreada feito eu.
Só pra você saber
que é amor o que tenho por você.

Então, já é dezembro outra vez.
1945 de lá pra cá setenta e um.







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